CACO NA CUCA <data:blog.pageName/> - CACO NA CUCA Para abrir em nova janela. function externalLinks() { if (!document.getElementsByTagName) return; var anchors = document.getElementsByTagName("a"); for (var i=0; i


Caco na Cuca
Teatro, TV, cinema, Disney, Artistas, tecnologia, Twitter e muito mais você encontra por aqui!

quarta-feira, abril 28, 2010
Crítica: O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus
Crítica: O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus
Por Callebe Garcia


Bizarro e encantador não são palavras que costumam constar numa mesma descrição mas, “O Mundo Imaginário de Doutor Parnassus” – o mais recente filme de Terry Gillian – tem o poder de juntar o que há de mais mágico nos nossos pensamentos com uma excentricidade calculada da qual só Gillian, acompanhado de um elenco afinado, é capaz.


Dr. Parnassus (Christopher Plummer) era um monge quando recebeu a visita do Diabo, mais conhecido como Mr. Nick (Tom Waits). Na ficção – e, acredite, na vida real também – apostar com o Diabo não é atitude das mais sensatas e inteligentes, mas Parnassus não resiste a uma boa aposta com o coisa-ruim que, nessa história, tem um prazer infernal pelo jogo. Nesses jogos, Parnassus ganha a imortalidade e certos poderes, mas a conseqüência é entregar ao seu algoz qualquer filho que gere no dia em que ele complete 16 anos. Ele não achou que isso aconteceria mas, ao se apaixonar por uma bela mulher, se tornou pai de Valentina (Lily Cole), que cresce viajando numa companhia itinerante que apresenta o um espetáculo junto com o jovem ator Anton (Andrew Garfield) e o anão Percy (Verne Troyer). Juntos, fazem “Imaginnarium”, que não atrai muitas atenções num mundo que não se interessa mais por histórias, mas é irresistível para quem atravessa o espelho mágico – um artefato ligado à mente do Doutor Parnassus, que dá aos visitantes a chance única de adentrar um mundo fantástico e desconhecido dentro de suas próprias imaginações e as consequências das escolhas pessoais de cada um. É quando Valentina está prestes a completar 16 anos que Mr Nick volta para cobrar sua dívida e eles encontram Tony, um jovem sedutor e cafajeste desmemoriado que, pelo bem ou pelo mal, é responsável por virar o jogo e mudar a história de todos, inclusive a sua própria.


Terry Gillian, membro do excêntrico grupo de comédia inglês Monty Phyton traz toda sua excentricidade característica para esse que é um de seus melhores filmes, depois de mais de uma década de produções menos interessantes. E é interessante como, após o infortúnio da morte de Ledger, o diretor conseguiu dar a volta por cima e adaptar sua história de maneira convincente, mesmo quando convincente venha carregado de devaneios e esquisitices.

Pontuado por boas interpretações, principalmente de Waits, Plummer e Troyer, o filme tem um visual impressionante, passando do rústico e sombrio do mundo real ao multicolorido e estéticamente surreal do mundo das imaginações. Mesmo utilizando efeitos especiais e técnicas menos apuradas que a de mestres da direção de arte, como Tim Burton, tudo se encaixa num mundo de sonhos (e pesadelos) parecido com muito do que experimentamos em nossas próprias mentes. É uma batalha por almas, entre o bem e o mal, onde a ação não é exatamente coerente ou estimulante. Mas a história é rica e essa é a marca de Gillian, mesmo não sendo compreendida ou aprovada por todos os tipos de espectadores. Mas “esse é um mundo cheio de encatamentos para aqueles que têm olhos para ver”.


Durante o processo de filmagem, o longa perdeu o jovem ator Heath Ledger, que teve uma morte trágica. E o próprio filme quase morreu com ele, já que foi a presença de Ledger – grande aposta como Coringa no ainda não exibido, na época, Batman O Cavaleiro das Trevas – que garantiu o financiamento para a realização do filme. Sem contar o fato de que ele só havia completado um terço das cenas de seu personagem. Foi aí que Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell entraram em cena para dar um fôlego diferente à fantasia ao mostrar Tony com diferentes feições dentro de Imaginarium, reforçando que, dentro do espelho, você pode ser quiser e fazer o que desejar e tem sempre escolhas a tomar. A fatalidade acabou atraindo os amigos de Ledger, interessados em terminar o trabalho do amigo. A mudança no roteiro acabou funcionando muito bem, baseada na liberdade de um mundo de sonhos que um espelho mágico permite.


O filme, que estaria fadado a ser conhecido como o último trabalho do brilhante ator Heath Ledger, não é uma obra prima, mas prima pela obra de um bom diretor e um grupo de bons atores em terminar de contar uma boa história e homenagear um amigo querido e brilhante ator, que hoje viaja no “Rio da Imortalidade, entre aqueles que nunca envelhecem”.


Nota 8,5

Você também encontrará essa crítica no site Universo Animado.

Marcadores: ,

posted by Callebe Garcia @ 10:15 PM @ @
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home
 
Bookmark and Share
 
Mestre Cuca

Nome: Callebe Garcia
Home: São Paulo, SP, Brazil
Niver: 01/04 - Sem mentira
Encucado no Orkut
O espaço dentro da Cuca
Na Cuca a Comunidade do Caco
Caco nu Íu Tubíu
Botando a Cuca pra Twittar

About Me: Só um garoto grande, vivendo num grande mundo pequeno onde ninguém é como todo mundo e qualquer um quer ser alguém.
See my complete profile
Cuca Fresca
Fundiu a Cuca
Racha-Cuca

Enquanto isso, no TWITTER



Ta na Cuca
Encucado by

Caco Garcia





BLOGGER

BlogBlogs